domingo, 20 de maio de 2012

CAPELANIA NA RUA

Foi realizado neste sábado (19/05/12)  no bairro CECAP o Projeto CAPELANIA NA RUA mais uma vez levando o social para fora da igreja com serviço de enfermagem ,orientação jurídica , empresarial , espiritual ,corte de cabelo , terapia PARE DE FUMAR , aconselhamentos sobre DROGAS  e orientação e combate a DENGUE. Parabéns a equipe pelo belizinho trabalho.






quinta-feira, 3 de maio de 2012

Escravas do crack: elas mantêm o seu vício usando o próprio corpo como moeda


"Fazia três dias que eu estava na rua, só fumando crack. Não sentia fome, então não comia. Carregava uma barriga de nove meses. A filha era do meu marido, com quem eu terminava e reatava na tentativa de retomar minha vida.

Leia mais: O balneário egípcio de Dahab se tornou o destino de grávidas que querem realizar o parto dentro da água
Uma hora percebi que ela ia nascer. Voltei para casa da minha mãe. Pedia para entrar, mas ela não abria a porta. Não acreditava no que eu dizia, achava que eu estava louca de crack, que queria enganá-la, dar escândalo. E as dores aumentando. E ela se recusando a abrir a porta. Quando finalmente se convenceu a abrir, a cabeça da minha filha estava quase para fora. A menina nasceu no chão da cozinha, sem ajuda de ninguém. Minha mãe a aparou e chamou a polícia, que nos levou a um hospital. Isso faz dois anos e agora estou passando por tudo isso de novo. É um filme de terror.” Daniela*, 27 anos, enuncia os fatos com objetividade, quase frieza.
É como se a narrativa não pertencesse à vida dela. Enquanto encaixa uma frase em outra, com português perfeito, deixa entrever sua instrução. Completou o ensino médio, fez cursos de informática, culinária, cabeleireira, sonhou em fazer faculdade de moda. Casou-se, teve três filhos, uma loja de materiais de informática, casa própria, carro do ano, renda familiar de mais de R$5 mil por mês. No rosto bonito, emoldurado pelo cabelo cuidadosamente despenteado, ao estilo black power, ela exibe a marca da sua história. Um buraco do tamanho de uma moe­da de dez centavos no meio da testa, consequência de um tombo de moto sofrido quando estava drogada, e alguns dentes quebrados no sorriso branco e largo, por surra ou falta de higiene adequada, fazem com que se lembre todos os dias que ela abandonou tudo para ficar com o crack.

A relação de Daniela com o crack começou há quatro anos, quando uma amiga ofereceu a ela uma pedra, numa festa. Até então, seu contato com drogas era meramente recreativo e controlado. Ela fumava maconha de vez em quando, sempre escondida, porque o marido não gostava. Um mês depois de provar crack, Daniela já estava compulsiva. Ficou agressiva com os filhos (o mais velho não chegava aos 10 anos de idade), distante do marido. Planejava desviar os R$80 semanais da feira para comprar pedra. Acabou saindo de casa. Foi perambular pelas ruas. Perdeu o controle sobre sua história. “A droga deforma o caráter”, afirma. Sem nunca ter tido passagem pela polícia, começou a roubar. “Mas eu era muito ruim nisso, ia acabar morrendo. Me prostituir foi a saída pra não depender de ninguém e conseguir a droga.” Ela, que tinha tido apenas quatro parceiros sexuais, contabiliza agora pelo menos 250 homens para quem vendeu o corpo nos últimos três anos. “Eu fazia de tudo, dependendo do cara e da minha fissura. Era dentro do carro, num canto escuro da rua, na casa do cara, no motel. Eu tinha um preço, mas no fim, o cara pagava R$5, R$10, ou pagava em pedra mesmo.” Grávida de cinco meses, de um menino, ela está há pouco mais de um mês abrigada no Amparo Maternal, um alojamento para mulheres em situação vulnerável conveniado à Prefeitura de São Paulo. Ali, ela fica longe da droga. “Mas ainda sinto o gosto da pedra na boca”, diz. Não existe qualquer remédio capaz de ajudá-la a se livrar do vício. Não é a primeira vez que Daniela tenta. Ela já esteve internada em clínicas particulares, custeadas pela família, em duas ocasiões. Mas a cada nova recaída sua situação fica pior. A mãe não fala mais com ela, o marido, que hoje cuida da filha que nasceu na cozinha, a abandonou, as irmãs sentem vergonha dela, os filhos têm medo e saudade — o mais velho dorme abraçado à foto dela. Daniela chora ao rememorar almocinhos de domingo na casa da mãe, ou as festas de aniversário que ganhava na adolescência. É nesses momentos que parece se lembrar de quem é. “Quero jogar fora o rótulo de prostituta e noia. Eu sei que é difícil acreditar, é difícil as pessoas me perdoarem, mas agora quero fazer isso por mim mesma. Estou decidida que o próximo Natal vai ser diferente, longe da biqueira (boca de fumo).”

"Ao se prostituir, a mulher passou a ser a melhor cliente do tráfico. Com o corpo, ela sustenta
o seu vício e o do companheiro"
Solange Nappo, toxicologistaO ENCONTRO COM A DROGA
O destino de Daniela é um desafio não só para ela. A sociedade e o poder público não sabem como resolver o problema dela e de outras mulheres viciadas em crack. Ninguém consegue precisar quantas são dependentes da droga hoje. Mas sabe-se que o problema aumenta pela disparada do número de mulheres grávidas e doentes que apelam à rede pública de serviços. Quando a droga desembarcou no Brasil, na década de 90, os dependentes costumavam ser jovens, negros e pobres. Os usuários não sobreviviam ao uso por mais de um ano. Morriam pelo efeito da droga ou do entorno violento. O tráfico era bastante limitado, a produção, artesanal. “Mas sabíamos que, tendo efeito mais poderoso do que o da cocaína, o crack não ficaria restrito a uma classe social mais baixa”, afirma a toxicologista Solange Nappo, que há 20 anos estuda a dinâmica do uso de crack no Brasil e publicou seus estudos no recém­-lançado O Tratamento do Usuá­rio de Crack (Artmed). “Para o usuá­rio, não existe ‘droga de rico’ e ‘droga de pobre’. Existe a droga que dá mais ou menos prazer.” O consumo da pedra se expandiu nos anos 2000. Os traficantes temiam vender em larga escala uma droga que matava os clientes em pouco tempo. Além de perderem a clientela, as bocas de fumo ainda tinham que arcar com as dívidas que esses homens deixavam. O crime organizado percebeu que a lucratividade do crack aumentaria se os traficantes conseguissem alongar a sobrevida do usuário. A mulher se mostrou um bom negócio. “Incluí-las na cultura do crack foi uma estratégia genial para eles”, afirma Solange. “Ela passou a ser a melhor cliente do tráfico, porque criou sua própria estratégia de obter dinheiro e de sustentar o vício dos homens, que agora vivem mais. Foi a pior coisa que poderia ter acontecido para a sociedade.”

A PROSTITUIÇÃO


Assim como Daniela, outras mulheres perceberam rápido sua falta de destreza para o roubo. Elas não assustavam ninguém, não tinham força para machucar, não sabiam atirar. Quando faziam parte de uma quadrilha, invariavelmente, recebiam menos do que os homens. Nunca conseguiam comprar droga fiado. “Com a ajuda do traficante, que quase sempre é o primeiro cliente, elas descobriram uma carreira solo: se prostituir”, diz Solange. Nos últimos anos, ela acompanhou a trajetória de 76 usuárias — de analfabetas àquelas com curso superior, de miseráveis a abastadas. Descobriu que quase 90% delas vendiam o corpo para comprar­ crack­. “Não importa a classe social, a religião, a origem, todas agem da mesma maneira. Ao se prostituir, sempre têm dinheiro para pagar o traficante. Se ela precisar de 30 homens num dia para pagar a dívida na boca, vai transar com todos.” Daniela confirma: “Lá na boca onde eu comprava, uma vez, me chamaram de vagabunda. Pedi para falar com o dono da boca. Ele veio e deu uma dura nos funcionários, disse que as mulheres são as melhores clientes, boas pagadoras e que eu nunca ficava devendo nada ali.”
A provedora O dinheiro dos programas feitos pelas mulheres resolveu também o problema dos homens. O sorriso largo, o corpo esguio, os seios empinados sustentaram não só a fome de pedra de Amanda*, 22 anos, como a do namorado dela, que a apresentou ao crack quando ela ainda era adolescente. Ele percebeu que na rua ela trazia muito mais dinheiro do que ele podia conseguir com os roubos que praticava. Passou a explorá-la sexualmente. Comprava roupas, eletrodomésticos com o dinheiro que Amanda ganhava dos clientes. Ela trocou de namorado, mas todos os demais companheiros se comportavam de maneira semelhante ao primeiro. Em sete anos de vício, o crack a levou a Goiás, Mato Grosso e Mato Grosso do Sul. “Eu ia aonde me pagavam mais pelo programa e a droga era melhor. Cheguei a transar com mais de mil homens”, diz Amanda. “Podia ter ganhado muito dinheiro, mas gastei tudo com droga para mim e para os outros.” Solange Nappo afirma que por trás de uma mulher usuária de crack quase sempre há um homem, um companheiro. “Esse sujeito deixa de se expor, se resguarda, e a mulher passa à linha de frente no crack. É ela a provedora do casal”, diz.


"Desde que me viciei em crack, transei com mais


de mil homens. Nunca usei camisinha" Amanda

Fonte:Marie Claire

Resposta: Meu Deus é muito triste  temos que vencer essa guerra contra as drogas .............

terça-feira, 1 de maio de 2012

COMUNICADO SHOPPING EM LORENA JÁ ERA OU NÃO

COMUNICADOPrograma DIMENSÃO LIVRE a/c Radialista JOSÉ CARLOS DOROTEA ...




Os que abaixo assinam, membros do Grupo OBSERVATÓRIO DA ÉTICA DE DA MORALIDADE, vêm por meio desse comunicado, através da Rádio Cultura de Lorena, e do Programa Dimensão Livre com direção e apresentação do Radialista José Carlos Dorotea, expor: É do conhecimento da população de Lorena que há algum tempo vêm sendo mantidas negociações entre a Prefeitura Municipal de Lorena (PML) e a FITOUT, grupo que pretende construir um shopping em nossa cidade, que alavancaria definitivamente Lorena para o progresso pois só em empregos diretos e indiretos prevê-se mais de 3.000. É sabido que foram mantidos inúmeros encontros entre a Prefeitura Municipal de Lorena e os empresários tendo os mesmos ido até o local onde futuramente poderá ser edificado o empreendimento, às margens da Rodovia Presidente Dutra e de tudo isso foi dada publicidade à população, pela Prefeitura e Câmara Municipal de Lorena, através de fotos, notícias em jornais, 'banners' e outras formas de comunicação. Seria necessário para o empreendimento a doação da área pela Prefeitura Municipal, e entabularam-se negociações nesse sentido, entre a PML e os proprietários das terras, não se sabendo a que ponto chegaram as mesmas. Os empresários na última sexta-feira (27) vieram a Lorena para fechar definitivamente as negociações, quando foram pegos de surpresa com o cancelamento da presença do Sr. Prefeito Municipal ao encontro e o cancelamento da audiência. Soube-se ainda que não haveria mais interesse de Lorena em fazer a doação da área, uma vez que perdeu-se o interesse no empreendimento e mais, que os empresários subsequentemente manterão contatos com a Municipalidade de Guaratinguetá que os recebera de braços abertos, comprometendo-se a doação da área num prazo de 30 dias, em local muito próximo ao que Lorena doaria. Tal informação causou-nos estranheza e decepção e coloca Lorena mais uma vez em situação incomoda diante da possibilidade de perdermos esse grande empreendimento gerador de empregos e divisas para nosso Município. Assim, resolvemos pelo presente, questionar nossas autoridades Prefeito e Vereadores das reais verdades relacionadas ao shopping e dizer que queremos esse shopping em Lorena, aqui gerando empregos e divisas. É nosso desejo e convocamos as mesmas autoridades para que isso se realize, pois são responsáveis por transformar em realidade nossas pretensões e anseios enquanto munícipes e pagadores de tributos municipais.O shopping em Lorena, é de interesse de todos nós enquanto população lorenense e essa oportunidade não pode ser deixada de lado. No aguardo da manifestação de nossos representantes nos Poderes Executivo e Legislativo, em relação ao presente Comunicado, subscrevemo-nos atenciosamente, Humberto Felipe da Silva (Fundador)Antonio de Pádua Samahá Cardoso Machado (Administrador)Rogério da Silva Santos (Administrador)Valéria CardosoAlexandre E.S. ViscontiWagner MolinariGustavo Rodrigues Alves