quinta-feira, 22 de dezembro de 2016

A DROGA ESTÁ ACABANDO COM A FAMÍLIA

'Não tenho raiva dele', diz mãe de menina morta aos 13 por 'justiceiro'

Menina desapareceu há 2 anos e foi vítima de seria killer em MS.
'Para sociedade, usuários de droga são bichos, mas era minha filhinha', diz mãe.

Mãe de uma das vítimas do jardineiro serial killer do bairro Danúbio Azul, em Campo Grande, salgadeira que perdeu a filha aos 13 anos diz que não tem raiva do assassino confesso. A filha dela era usuária de drogas e desapareceu há 2 anos. Na última semana, ela recebeu a notícia de que a ossada da menina tinha sido encontrada no cemitério clandestino onde outras nove foram achadas.
"Não tenho raiva dele porque se eu alimentar esse sentimento dentro de mim é pior, minha filha era uma boa pessoa. Ela não sentia raiva de ninguém, tanto que as pessoas batiam nela e no outro dia ela estava conversando com a pessoa de novo. Ela não gostaria que eu sentisse raiva por ele e no meu coração não tem espaço para eu ter raiva dele nem de ninguém. Minha raiva não vai trazer ela de volta", desabafou a mãe em entrevista exclusiva ao G1. O nome e a imagem dela serão preservados nesta reportagem.
Luiz Alves Martins Filho, 49 anos, conhecido como Nando do Danúbio Azul, confessou 16 mortes e assumiu ter enterrado 10 corpos no cemitério clandestino onde também depositava entulhos de jardinagem. Nando se considerava uma espécie de justiceiro no bairro e disse que as vítimas eram pessoas que incomodavam os moradores.
Vizinho bom
Os desaparecidos tinham o mesmo perfil: frequentavam o bairro Danúbio Azul, eram usuários de droga, cometiam pequenos furtos ou se prostituíam, segundo o delegado responsável pelas investigações, Márcio Shiro Obara, titular da Delegacia de Homicídios (DEH).
A mãe da adolescente lembra que Nando era um vizinho acima de qualquer suspeita, daqueles que dão carona, ajudam e sempre estão à disposição dos moradores. Ele era visto pela comunidade como uma pessoa boa. A salgadeira lembra que na época do desaparecimento chegou a pedir ajuda do jardineiro nas buscas.
"Ele me levou para eu ganhar minha segunda filha, ele tinha carro e me levou. Nunca imaginei que depois de todos esses anos que a gente se conhece ele teria a capacidade de matar a minha filha. Não conseguiria ver ele como um assassino, mas sei que foi ele e que o Nando que eu conheci não era o Nando de verdade. Ele chegou a pegar o cartaz de desaparecida da minha filha, falar que ia ajudar a procurar", lamenta.
Despedida
A última vez que viu a filha foi no dia 2 de junho de 2014. No começo da noite, elas se despediram no portão de casa. A mãe foi para a escola e a filha ficou. Horas depois, a mulher voltou da aula e não encontrou a adolescentes mais em casa.
"Ela sempre me levava no ponto de ônibus, nesse dia ela não me levou. Falei para ela não sair de casa, mas, geralmente, eles [filhos] não obedecem a gente. Cheguei da escola 23h30 e meu esposo falou que ela não tinha chegado ainda. Nós fomos procurar nos lugares onde ela ficava, mas não conseguimos encontrar. Só que até aí a gente não tinha associado os desaparecimentos, fiz boletim de ocorrência nos dias seguintes, fiz cartazes comecei a distribuir, fui na praça levar foto dela, mas quando são usuários as pessoas não dão muita importância", recordou.
A família sabia que a filha era usuária de drogas há pouco mais de um ano. Depois da descoberta, graças a diretora da escola, a mãe conseguiu autorização judicial para internar a garota para tratamento.
Foram seis meses no Hospital Regional, mas, logo após a alta médica, a filha teve uma recaída. A mãe lembra que tinha acabado de conseguir uma nova internação quando a filha sumiu. Durante os anos de busca, a mãe disse que acreditava que poderia achar a filha.
"A gente tem esperança de encontrar o filho vivo né? Para a sociedade, os usuários são bichos, são inúteis, mas para mim não, era a minha filha, minha filhinha do coração, eu tinha ela como ser humano entendeu? Não via como usuária de drogas. Se eu falar que minha filha foi santa vou estar mentindo. Só porque ela morreu agora vou desenhar ela como uma pessoa que ela não era? Eu não posso fazer isso. Mas, ninguém merece morrer desse jeito por ser usuário. Ninguém merece. Nem a minha, nem a filha de ninguém", desabafou enquanto chorava.
Arrependimento
Em vários momentos da entrevista, a mãe chorou e lembrou que nunca imaginou ver dentro de casa um dos problemas mais comuns no bairro: a droga.
"Eu pensava que nunca ia acontecer com meus filhos. Quando a diretora falou eu não acreditei que minha filha usava drogas, nunca tinha sumido nada de dentro de casa, eu mexia com vendas e nunca sumiu dinheiro de casa ou coisas, nunca faltou nada para ela. A gente sempre foi pobre, mas nunca passou fome, sempre teve o que comer dentro de casa, eu sempre mexi com comida, não é possível que uma salgadeira não tenha comida dentro de casa", lembrou.
Além da tristeza, ela se culpa por não ter sido mais firme com a filha e afirma que faria tudo diferente se tivesse uma nova chance.
"Meu choro é de saudade, de tristeza, de não ter mais tempo para ficar com a minha filha. Dor e arrependimento também porque acho que a mãe tem que amar o filho, mas também tem que ter correção. Eu fui muito dura comigo mesma e não fui com ela, porque meu pai me corrigiu muito quando eu era criança e eu falava que não ia ser tão dura assim com os meus filhos, mas eu não queria fazer o que meu pai fez comigo. Dei muito amor e não dei correção. Se fosse diferente ela não teria feito o que fez", ponderou.
No fim da entrevista, ela tirou da bolsa uma foto da filha. A última fotografia tirada, semanas antes do sumiço, mostra uma garota sorridente, de pele morena e cabelos castanhos recém-alisados em uma escova progressiva paga pela mãe.
"Não quero apagar a imagem dessa menina linda, chegando em casa, sorrindo, perguntando da irmã. Se você olhasse pra minha filha você não falaria que ela era usuária de droga. Agora é só esperar a Justiça, primeiro de Deus, depois a dos homens. Espero que ele pague e fique preso, arrependimento sei que ele não vai ter", finalizou.
Manipulador
Para a polícia, Nando é responsável pela morte de 16 pessoas. Em entrevista exclusiva à TV Morena, o jardineiro disse que os crimes em série começaram há 5 anos.
Todas as ossadas foram enterradas em um terreno usado como cemitério clandestino, segundo o delegado. O local é bem conhecido por Nando e fica ao lado do bairro onde as vítimas sumiram. Nando disse à polícia que visitava o cemitério clandestino quase todos os dias.
Durante as investigações, ele demonstrou ser frio, calculista e manipulador. Segundo o delegado Márcio Obara, o jardineiro aparenta traços de psicopatia, mas sabe da gravidade dos atos cometidos. Testemunhas disseram à polícia que Nando torturava as vítimas antes de matar e enterrar.
Segundo a polícia, as investigações começaram há dois meses, e os casos estariam relacionados à exploração sexual de adolescentes e tráfico de drogas, todos na região do bairro Danúbio Azul.
Depois de dois meses de escavações no bairro Jardim Veraneio, a Polícia Civil encerrou as buscas e o Obara disse que aguarda laudos do Imol (Instituto de Medicina e Odontologia Legal) e do laboratório do Instituto de Criminalística para ter a confirmação oficial das vítimas.
Resposta:

domingo, 11 de dezembro de 2016

Sacanagem Idosa e abandonada na calçada .

Idosa de 88 anos é abandonada em calçada no bairro de Areias

Com apenas dois sacos, um andador e um ventilador, mulher foi deixada por quase seis horas na calçada até ser resgatada por PMs.
Cansada e sem abrigo. Foi assim que os moradores de Areias, na Zona Oeste do Recife, encontraram numa calçada do bairro, no início da noite desta sexta-feira (9), a idosa Maria José da Silva, de 88 anos. A senhora, que foi deixada sozinha na Rua Ernesto Nazareth, carregava consigo apenas dois sacos, um ventilador, uma cadeira e um andador.

Vizinhos e moradores de ruas próximas se sensibilizaram com a situação e passaram a noite junto à idosa até que o socorro chegasse. De acordo com eles, a família que reside no local não prestou assistência à senhora.

A sobrinha da idosa Luciene dos Santos, de 67 anos e que mora na casa vizinha ao ponto onde Maria José foi deixada, disse que não havia como abrigar a idosa porque a casa dela “é pequena”: "Moro com minha filha e quatro cachorros". Ela afirmou que não tinha conhecimento sobre o paradeiro de Maria José até esta sexta-feira, quando uma moça não identificada a deixou próxima à casa da família. Ela contou apenas que a idosa estava sendo cuidada por alguém na favela do Iraque, também na Zona Oeste da cidade.
A sobrinha ainda afirmou que teria tentado levar a idosa para a casa de uma outra sobrinha, mas que os moradores da região que acompanhavam a senhora não teriam permitido, esperando que a polícia chegasse. Luciene disse também ter tentado em outros momentos negociar com a tia para levá-la a um abrigo . “Eu acertei com um abrigo que ia levá-la ali em Jardim São Paulo e ela não quis; eu não tenho condições”, afirmou. 

Moradora da região, Geusa Liliana contou que a família “não ligou” para Maria José.  Segundo ela, os parentes comentaram que a idosa “é ruim, que não vale m..., que ela não presta”. 

A idosa contou que a família de Areias não a abrigou e que a maltratavam “porque eu sou ruim e porque sou crente". "Gastaram meu dinheiro com uma casinha que eu vendi. Fiquei calada, ai me colocaram em uma favela lá embaixo, no Iraque”. 

A senhora afirmou que gostaria de ir à casa de um outro sobrinho residente em Rio Doce, em Olinda. Quase seis horas após ser deixada na calçada, policiais militares do 12º Batalhão a resgataram por volta das 23h, para deixá-la à casa de parentes. ( fonte e foto portal FolhaPE )
RESPOSTA: porque eu sou ruim e porque sou crente ...Irmã viu ser crente chata no que deu .....



sábado, 3 de dezembro de 2016

O PAI É UM EXEMPLO PARA O FILHO

Pai oferece propina a delegado para soltar filho e é preso em cidade de MT

Rapaz tinha sido preso no dia anterior por tráfico e corrupção de menores.
Homem perguntou a delegado quando ele queria para libertar o preso.


O pai de um rapaz suspeito de tráfico de drogas foi preso na quinta-feira (1º), em Guarantã do Norte, a 721 km de Cuiabá, depois de oferecer propina ao delegado da Polícia Civil, Hércules Batista Gonçalves, pela libertação do filho. O filho dele tinha sido preso no dia anterior junto com outras oito pessoas suspeitas de tráfico, entre elas menores de idade.  O G1 não conseguiu localizar o advogado de defesa de Hélio e do filho, Andreone Odair Borsatti, até a publicação desta reportagem.
Conforme a Polícia Civil, Hélio Luiz Borsatti, de 49 anos, foi até a delegacia e disse que gostaria de falar com o delegado sobre a prisão do filho dele. Durante a conversa, o delegado explicou que a prisão em flagrante já tinha sido comunicada ao juiz, o qual era o responsável por manter ou não a prisão. O filho dele deve responder por tráfico de drogas e corrupção de menores, de acordo com a polícia.
Em seguida, o pai pediu para conversar com o filho, que estava na cela da delegacia. O delegado autorizou o pedido e, depois de falar com o preso, o homem solicitou ao delegado que liberasse o filho dele, o que foi negado pelo delegado. Então, Hélio, segundo a polícia, se aproximou do delegado e começou a fazer propostas ilícitas. Perguntou: "Quanto o senhor quer para liberar o meu filho? Quanto em dinheiro? Posso pagar em dinheiro”, fazendo gestos com as mãos indicando valores.
Com isso, o delegado deu voz de prisão ao homem pelo crime de corrupção ativa. Ele tentou resistir, mas foi detido pelos policiais. Durante a prisão, Hélio disse um investigador que tinha feito a prisão que a irmã tinha muito dinheiro e que tinha se arrependido de ir até a delegacia oferecer propina ao delegado para soltar o filho.
No entanto, quando estava na cela, teria ironizado a prisão, conforme a polícia, acreditando na impunidade e tentou amenizar a situação, dizendo que havia oferecido dinheiro para cobrir as despesas que a delegacia havia tido com a prisão do filho, como alimentação e combustível.
Para o delegado, o comportamento desse pai é um exemplo do que levou o país a mergulhar numa crise ética e financeira. "Não há padrão mínimo ético mais. A 'cara de pau', o atrevimento e a ousadia beira o absurdo. Somos responsáveis pela modificação do consciente coletivo de que não há mais tolerância e espaço para pessoas que pensam que podem comprar a dignidade e a consciência dos agentes estatais com dinheiro", declarou.(fonte e foto G1)
Resposta: Exemplo vem de um copo de cerveja e um cigarros entre os dedos