quarta-feira, 15 de outubro de 2014

PT critica conservadorismo no Congresso e prevê dificuldade para legalização do aborto e maconha

A nova formatação do Congresso Nacional, descrita como a mais conservadora dos últimos 50 anos, poderá impor sérias dificuldades à aprovação de pautas consideradas “progressistas”, como por exemplo, legalização do aborto e descriminalização da maconha.
Dentro desse cenário, o Partido dos Trabalhadores publicou em seu site oficial um artigo com críticas ao perfil dos parlamentares escolhidos nas urnas. Nestas eleições, o PT teve uma redução no número de deputados federais e senadores.
O artigo tem um título sarcástico – “Novo Congresso será Jurassic Park ideológico” – e afirma que “no domingo passado [05 de outubro], emergiu um Parlamento repleto de religiosos, ruralistas e militares de extrema-direita como há muito não se via no Brasil”.
Sem reconhecer que a escolha dos eleitores foi uma reação aos escândalos de corrupção que levaram parlamentares petistas à prisão, como João Paulo Cunha e José Genoíno (PT-SP), e à forte ideologia de esquerda contida em suas propostas, o partido afirma que a eleição de religiosos e conservadores é “reflexo do clima geral de desqualificação da política”.
No texto, o PT expõe seu temor de que o novo Congresso Nacional seja avesso às suas principais propostas ideológicas: “O novo quadro dificultará o debate sobre pautas como a união homoafetiva, a legalização do aborto e a descriminalização da maconha para fins medicinais e de consumo recreativo”, diz o artigo, em tom de lamento.
O PT afirma ainda que a esperança de que essas pautas sejam aprovadas reside na possibilidade da atual presidente vencer as eleições: “Se a Dilma for eleita, essas pautas terão mais condições de resistir, porque Aécio [Neves] não tem uma postura clara em relação a elas”.
O deputado federal Nilmário Miranda (PT-MG), vice-presidente da Comissão de Direitos Humanos e Minorias (CDHM), também lamentou a reeleição dos oposicionistas Jair Bolsonaro (PP-RJ) e pastor Marco Feliciano (PSC-SP): “O primeiro é defensor da ditadura, da tortura, da pena de morte, da redução da maioridade penal e contrário ao casamento homoafetivo. Feliciano também é contra a união entre pessoas do mesmo sexo e chegou a ser denunciado por declarações racistas feitas pelo Twitter”, criticou o parlamentar, segundo informações do Novo Guia.
RESPOSTA:  A LUTA CONTINUA PELA FAMÍLIA 

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