O pastor Wellington diz que quem está na rua e usa a droga perdeu todos os vínculos sociais |
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Sobreviventes contra o crack ajudam a resgatar viciados Casa usada como cracolândia se transforma em local de oração em BHSou movido por amor e sei falar a língua do usuário de crack. Quando tinha de 14 para 15 anos, me envolvi com uma turma que fumava maconha, bebia. Eu me casei muito cedo, aos 21 anos, e aos 24 tive uma recaída, antes de ser pastor. Até que um dia minha mulher fez uma interferência seca e direta, como deve ser. Ameaçou sair de casa com as crianças se eu não mudasse meu comportamento. Tomou minha chave e cortou meu dinheiro.
Como acabar com a cracolândia?
Olha, já me amarrei três dias ao Pirulito da Praça Sete para entender o que leva o usuário a cortar todos os laços e a ir morar na rua. Percebi que não adianta pegar o cara e jogar de qualquer jeito numa instituição. Ele não está na rua porque está com fome, mas sim porque perdeu os vínculos com a família e com o trabalho. É por isso que não adianta dar sopa. Eles não precisam de comida, precisam de uma escuta.
Como internar o usuário de crack que recusa tratamento?
Meu sonho é abrir duas casas, uma para o público masculino e outra para o feminino, com o nome de Só por um dia. A ideia é apenas bater um papo com o cara que está dormindo na rua e oferecer um prato de comida, um banho quente, camas limpas. Na hora do jantar, será servida uma boa comida e ele vai assistir a depoimentos de pessoas que conseguiram largar o crack. No fim do dia, vou perguntar: “E então, filho? Gostou de ficar aqui? Vamos tentar mais um dia?” Tenho certeza de que vai dar certo. Já apresentei a proposta em seminários, mas falta patrocínio.
Resposta: Solução e projetos tem falta patrocínio
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