terça-feira, 26 de dezembro de 2017

Misteriosa Morte de Modelo.....DROGAS

Misteriosa morte de modelo 

holandesa reacende debate

 sobre riscos das drogas no

 mundo da moda


Holandesa de 18 anos caiu de 20º andar de prédio, e polícia diz que

 ela tinha ingerido álcool e drogas; segundo modelos, agências não protegem 

as garotas das propostas de trabalho para serem acompanhantes de festas 

e da oferta de substâncias ilícitas.

o início deste mês, a jovem holandesa Ivana Smit, 18, que trabalhava
como modelo, foi encontrada morta em um arranha-céu em Kuala Lumpur
, na Malásia. As circunstâncias da morte continuam um mistério. É uma 
história de beleza e de morte, cheia de especulações em torno de sexo, 
drogas e álcool.Ivana caiu nua de uma varanda do 20º andar, 
supostamente após ter saído de uma festa e ido para o apartamento
 de um casal. Os pais dela foram informados de que não há suspeita
 de crime, apesar das investigações continuarem. O Ministério das 
Relações Exteriores da Holanda afirmou à BBC que a Interpol foi 
contatada sobre o caso.A família da modelo começou nesta semana 
a fazer uma vaquinha virtual para levantar dinheiro para uma 
investigação independente.Na indústria da moda, a tragédia trouxe
 novamente à tona os problemas que rondam o trabalho de modelos
 na Malásia. "Essas coisas acontecem tantas vezes - parece que isso 
poderia ter acontecido com qualquer um de nós", diz à BBC a modelo
 Emitsa Shz.

'De volta onde eu deveria estar'

Ivana Smit passou a maior parte de sua vida na Malásia, tendo crescido
 com seus avós em Penang - no norte do país. Foi lá que ela começou a
 modelar, aos 13.Após alguns anos com seus pais na Holanda, ela tinha
 acabado de voltar à Malásia e só no mês passado se mudou para a 
capital Kuala Lumpur. Lá ela trabalhava como freelancer, sem ter 
uma agência."Ela teve melhores opções estando de volta" diz à
 BBC Natalie Woodworth, uma amiga de infância de Ivana.
"Continuo lembrando dela falando
 para mim: 'Estou de volta onde eu
 deveria estar'. Ela estava extremamente 
feliz de retornar à Malásia."
Ainda não estão claros os detalhes sobre sua morte. Após supostamente
 ter ido com um casal mais velho ao apartamento deles, Ivana teria caído
 do apartamento nas primeias horas da manhã.
Seu corpo foi descoberto durante a tarde na varanda de um apartamento
 do 6º andar, com álcool e drogas encontrados em seu sangue,
segundo a mídia local.Familiares da modelo que viajaram até a Malásia 
disseram à imprensa holandesa que Ivana tinha marcas no pescoço. 
O casal de estrangeiros que estava no apartamento foi acusado, 
separadamente, de posse de drogas - e ambos liberados após 
pagamento de fiança.Eles disseram à polícia que estavam dormindo
 quando Ivana caiu. Depois, levaram o filho para a escola - ainda 
sem saber da morte dela.A tragédia levou a muitos pedidos de
 mudança no mercado de modelos. E muitas pessoas postaram
 nas redes sociais a hashtag #truthforivana para chamar atençã
o para o caso.

Pressão, drogas e álcool

Emitsa Shz, de 28, é uma veterana do mundo das modelos,
tendo trabalhado por muitos anos em Kuala Lumpur.
Ela diz que não é o trabalho como modelo a preocupação, mas
 "os muitos outros que aparecem em volta das modelos".
Não se sabe se esse foi o caso de Ivana, mas há uma grande oferta,
 por exemplo, para fazer presença em festas, podendo-se ganhar
mais de R$ 4 mil por cinco horas.
Mas há um enorme problema nesses casos, diz o modelo
 Carl Graham: drogas e álcool.
"A maioria das modelos estão
 afastadas das famílias desde cedo, 
elas têm inseguranças e possíveis 
problemas. E elas estão se afogando
 em festas, álcool e drogas."
As jovens nesse mercado, algumas no início da adolescência,
 em geral têm pouca experiência de vida. A pressão é imensa
 e elas têm que lutar para lidar com esse mundo de glamour
no qual são jogadas."Elas precisam aprender que podem dizer 
não e que ser paga para ir a festas não é modelar, é uma versão 
de serviço de acompanhante", diz Graham. "São os caras mais
 velhos com dinheiro os que normalmente fornecem álcool e
 na maioria das cirscunstâncias, drogas também", afirma. 
"Em geral, as modelos não têm proteção adequada ou suporte
 das agências. Elas são jovens garotas de todos os lugares do 
mundo sendo levadas para bares e clubes."Além disso, segundo
 ele, o trabalho de modelo na Malásia é visto por muitas pessoas
 como algo negativo e estereotipado, sendo associado a um estilo
 de vida hedonista conectado a um mundo de semicelebridades 
de festas, álcool e bons momentos. "Essa imagem tem um efeito
 nas garotas - elas pensam que é o que precisam fazer", diz
 Emitsa Shz. "Mas não é esse o caso. Você pode dizer não
 para as coisas e continuar a fazer seu trabalho."

Alerta

Agências de modelos em Kuala Lumpur disseram à BBC que
 cuidam bem das modelos que trabalham para elas. "Tem muito
disso acontecendo. Álcool, festas e possivelmente também drogas"
, diz Nicholas Chan, da agência ML Model. "Nós de agências
 alertamos as modelos para tomarem cuidado. Mas há limites
 do que uma agência pode fazer."
Chan é também membro do comitê da Associação de Modelos
 e de Agências de Modelos da Malásia. O grupo tenta
estabelecer padrões no país - o que, segundo ele,
melhoraria as condições de trabalho e a estabilidade para as modelos.
"Claro que nem todas as agências
 são ruins", diz a modelo Emitsa. 
"Mas algumas estão atrás apenas 
do lucro e se esforçam pouco em
 proteger as garotas de possíveis
 perigos."
Mortes como a de Ivana, ela diz, acontem com frequência.
 "Mas só os casos mais dramáticos são escolhidos pela mídia
 - e mesmo assim eles são rapidamente esquecidos."
Entre esses casos está o da morte de uma adolescente russa
de 14 anos na China. Vlada Dzyuba ficou doente após participar 
da Xangai Fashion Week e morreu de falência múltipla dos órgãos
. A imprensa russa afirmou que sua morte teria sido causada por 
uma meningite agravada pelo excesso de trabalho, o que foi
 negado pela agência chinesa que a contratou.

Problemas

Emitsa acredita que casos como este e o de Ivana têm pouco
efeito para as mudanças.As agências normalmente não são 
responsabilizadas. "As histórias que ouço sobre trabalhar na 
China são horríveis. Se você engorda meio-quilo, eles falam 
que você está gorda e ameaçam te mandar para casa."
Mas as garotas normalmente vêm de famílias pobres e
 suas casas depedem do dinheiro que elas mandam.
O modelo Graham usou o Facebook para protestar após
 a morte de Ivana, dizendo que o assunto não era apenas
 sobre essa tragédia. "Isso é sobre a gente se posicionar e
 compreender os riscos que atingem a nossa sociedade e
 a indústria de modelos para ser exato."
Ele diz ter certeza de que há um pouco mais que as agências
 poderiam fazer, sugerindo que elas deveriam ser responsáveis
 por menores de 18 anos, providenciando também acompanhante
s para aqueles que são mais velhos.
Muitos dos que protestam pela morte de Ivana esperam que
 essa tragédia tenha um impacto efetivo e leve a uma mudança.
 Graham não é tão otimista: "Estrelas maiores morreram da
 mesma maneira e nada mudou."(FONTE E FOTO G1)

Resposta:  Por isso eu ainda acho que
 temos que fazer PREVENÇÃO

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