

Sou o
Pastor Ricardo Solano, fundador da Casa da Acolhida, um espaço dedicado a
oferecer dignidade, cuidado e amor à população em situação de rua. Ao longo dos
anos, vi muitas histórias difíceis, mas também testemunhei milagres que só a fé
e o amor podem explicar.
Um desses
milagres tem nome e rosto. Um homem que, por muito tempo, viveu nas ruas, preso
ao vício em drogas, sem esperança nem direção. Ele chegou à Casa da Acolhida
cansado da vida que levava, mas ainda com uma centelha de vontade de mudar.
Com
acolhimento, oração e perseverança, começamos uma jornada juntos. Mais do que
comida ou abrigo, oferecemos o Evangelho – a boa notícia que transforma o
coração. Aos poucos, ele foi se libertando do vício, conhecendo o amor de Deus
e descobrindo um novo propósito.
Hoje, ele
não apenas está limpo e firme na fé, mas também é dono da própria padaria. Sim,
aquele que um dia não tinha sequer onde dormir, agora acorda cedo para servir
pães e sorrisos a uma comunidade que o viu renascer.
Essa
história é uma prova viva de que ninguém está perdido demais para Deus. Que com
apoio, fé e oportunidade, vidas podem ser restauradas.
Como na Casa
da Acolhida, continuamos acreditando: onde o mundo vê ruínas, Deus vê futuros.
Irmãos e irmãs em Cristo e em
título de eleitor, louvado seja o pastor-candidato! Aleluia! Aquele que subiu
ao púlpito com a Bíblia numa mão e a ficha suja na outra, prometendo o reino
dos céus… e um loteamento irregular na Terra.
Na nossa amada igrejinha do
interior de São Paulo, recebemos uma revelação divina: Deus agora tem partido
político! E adivinhem? O escolhido é justamente o nosso querido Pastor Fulano,
aquele mesmo que já batizou mais processo do que crente. Glória a Deus!
A ordem veio direta do monte
(também conhecido como gabinete pastoral): “quem não votar, está em rebeldia
contra a autoridade constituída por Deus”. E para reforçar o recado, veio junto
a ameaça de perder ministério, cargo na diaconia, e até vaga na caravana para
Aparecida. Uma bênção!
Claro, porque campanha honesta é
coisa do mundo. Oremos para que o Espírito Santo opere também nas urnas — de
preferência com CPF e título de eleitor dos irmãos previamente conferidos pela
liderança.
Não importa se o irmão tem
dúvidas, se o tal “ungido” tem mais escândalo do que testemunho. O que importa
é obedecer ao pastor, que afinal de contas, é o novo cabo eleitoral do Senhor.
Mas atenção: quem ousar votar
diferente estará sujeito à excomunhão moral, cancelamento de convite pro
churrasco da igreja e, com sorte, um “jejum forçado de cargos”.
Então, neste domingo, vá à urna
com fé, mas cuidado: o Senhor conhece teu coração… e o pastor conhece teu
bairro, tua célula, e tua escala no culto.
Que venha o Reino! Mas que não
falte a prestação de contas. Amém?