sábado, 21 de junho de 2025

Você acredita em milagres?

 


Dona Margarida recebeu um diagnóstico duro: leucemia. A notícia caiu como um peso sobre sua vida, sua família e seus sonhos. Como muitas pessoas no Brasil, ela teve que esperar o tratamento pelo SUS, enfrentando filas e incertezas.
Mas dona Margarida fez algo além: ela orou. Dobrou os joelhos, buscou a Deus com fé e perseverança. Durante meses, ela clamou por um milagre, mesmo quando as circunstâncias pareciam difíceis.
E então… o inesperado aconteceu.



Quando finalmente chegou sua vez de iniciar o tratamento, novos exames foram feitos. E os médicos não encontraram mais sinais da doença.
A leucemia havia desaparecido.
Sem explicação médica. Mas com uma explicação que a fé entende muito bem.
🙌 Deus ainda faz milagres.
📖 “Porque para Deus nada é impossível.” (Lucas 1:37)

segunda-feira, 16 de junho de 2025

Politto, o Gato que Ficou



Perder uma filha nunca é algo que se imagina viver.
Minha filha partiu aos 27 anos, jovem, cheia de planos e já com um futuro brilhante como jornalista. A revista que criou, Armazém, crescia com força e propósito no interior de São Paulo. Era mais que um projeto profissional — era um reflexo da sua alma criativa, inquieta e generosa.
A dor da perda é silenciosa. Ela não grita sempre, mas está sempre ali — nas manhãs mais calmas, nas conversas interrompidas pela ausência, no silêncio da casa que já foi mais cheia.
Mas ficou o Politto.
Um gato. Companheiro da minha filha, que hoje se tornou nosso companheiro de todos os dias. Ele não fala, mas entende. Não consola com palavras, mas com presença. Sabe exatamente a hora de deitar perto, de encostar a cabeça, de olhar com aqueles olhos que parecem ler a alma da gente.


Politto ficou.
E com ele, ficou também um pedaço da minha filha.
Na forma como ele se senta perto das pilhas da revista, como se estivesse guardando memórias.
Na maneira como circula pela casa, com leveza e graça, lembrando que a vida ainda pulsa.
É curioso como um animal pode carregar tanto.
Não só afeto, mas também esperança.


Politto não substitui. Ele revela: que mesmo na ausência, há presenças que permanecem.
Que o amor, quando é real, encontra formas de continuar.
E assim sigo.
Com a lembrança, com a saudade…
E com o gato, que não apenas ficou — mas me ajuda, todos os dias, a seguir.
“O Senhor está perto dos que têm o coração quebrantado e salva os de espírito abatido.”
Salmos 34:18

domingo, 15 de junho de 2025

Quando o Mar se Fecha, a Coragem se Abre

 


Uma lição de resiliência de um enfermeiro da Marinha Mercante brasileira
Em pleno início dos anos 1990, o Brasil ainda tentava entender o turbilhão de mudanças provocadas pelo governo Collor de Mello. Congelamento de contas, inflação galopante, empresas quebrando — e, para quem trabalhava embarcado, um golpe que quase ninguém previa: o fim da nossa Marinha Mercante tal como a conhecíamos.
Foi nesse cenário que um enfermeiro embarcado viu o seu navio ficar retido em um porto turco. A companhia faliu de um dia para o outro, deixou a tripulação sem salário e, para completar, as grandes empresas de navegação abandonaram a bandeira brasileira para registrar seus navios no Líbano, no Panamá… até gigantes como Vale e Petrobras trocaram de cores. O que fazer quando o chão vira água gelada e nada mais parece firme?
A angústia de chegar em terra firme… sem firmeza nenhuma
De volta ao Rio, a realidade era dura: esposa, uma filha pequena, zero salário e a dispensa quase vazia. Contas vencendo, leite faltando, e a pergunta que ecoava na cabeça: “Como é que eu coloco comida na mesa esta semana?”
Mas quem aprendeu a salvar vidas em alto-mar costuma ter sangue frio na crise. Abrindo a carteira, o enfermeiro juntou as moedinhas que restavam e traçou um plano simples:
Investir no que cabia no bolso — uma garrafa de cachaça Praianinha, copinhos descartáveis.
Apostar no que ele sabia fazer de melhor — cuidar das pessoas. Dessa vez, seria por meio de um caldinho de feijão quentinho, daqueles que abraçam por dentro.
Ir onde a fome e a noite se encontram — Copacabana, mais precisamente o posto de gasolina na Avenida Atlântica, ponto certo dos “frenéticas” (motoristas, taxistas, boêmios de plantão) e porteiros virando turno.
A primeira noite do caldinho
Na cozinha apertada do apartamento na Urca, o feijão chiava na panela. Temperinho caprichado, garrafa térmica cheia, copos e Praianinha a postos. Já passava das dez quando ele chegou ao posto. Foi abordando um a um, sorriso no rosto, voz firme:
“Amigo, caldinho quentinho pra espantar o sereno, vem com uma dose de Praianinha — paga o que achar justo.”
Meia hora depois, não havia uma gota de caldo, nem cachaça, nem copo restante. O enfermeiro guardou o dinheiro, correu para o mercadinho 24 h na Rua Santa Clara e voltou para casa com latas de leite e uma sacola de compras. Pela primeira vez desde o naufrágio financeiro, dormiu tranquilo.
Fazendo das pequenas vitórias um farol
Na noite seguinte, repetiu a dose. E mais outra. Em pouco tempo, o “Caldinho do Marinheiro” virou ponto certo dos notívagos de Copacabana. Não ficou rico, mas manteve a família de pé até encontrar emprego fixo de novo. Mais que isso: descobriu uma verdade que o acompanharia para sempre.
“Quem quer, faz — e não passa fome.”
Três lições que seu caldinho pode ensinar a qualquer um de nós
Agir antes que o medo paralise
A maioria espera o “plano perfeito”. Ele pegou o que tinha na mão e saiu de casa naquela mesma noite. A ação rápida evita que a ansiedade vire âncora.
Usar habilidades transferíveis
Se no navio ele cuidava de tripulantes com escorbuto e ferimentos, em terra cuidou de desconhecidos, oferecendo conforto líquido e quente. Valorize o que você já sabe fazer — a forma muda, a essência permanece.


• Servir primeiro, receber depois
Ele não impôs preço; deixou que o cliente definisse o valor. O retorno financeiro veio, mas, antes dele, veio o reconhecimento humano. E reconhecimento abre portas.
Navegando em mares revoltos hoje
Talvez você não esteja preso em um porto turco, mas quem nunca enfrentou crise, desemprego ou mudança brusca? Quando o vento vira contra, lembre-se do enfermeiro que trocou o jaleco pelo tacho de feijão:
Identifique o recurso que você tem à mão — pode ser um talento, um contato, uma ideia simples.
Coloque-o a serviço de alguém que precise — o valor vem na esteira do impacto.
Celebre cada venda, cada pequena vitória — elas são bóias que mantêm você à tona até a maré melhorar.
Seja no convés ou no asfalto de Copacabana, a coragem segue a mesma rota: começa com um passo, por menor que seja, rumo ao desconhecido.
Afinal, mar calmo nunca fez bom marinheiro, mas caldinho quente faz herói anônimo virar inspiração.


segunda-feira, 9 de junho de 2025

Da Rua ao Forno: Uma História de Esperança e Transformação





Sou o Pastor Ricardo Solano, fundador da Casa da Acolhida, um espaço dedicado a oferecer dignidade, cuidado e amor à população em situação de rua. Ao longo dos anos, vi muitas histórias difíceis, mas também testemunhei milagres que só a fé e o amor podem explicar.

Um desses milagres tem nome e rosto. Um homem que, por muito tempo, viveu nas ruas, preso ao vício em drogas, sem esperança nem direção. Ele chegou à Casa da Acolhida cansado da vida que levava, mas ainda com uma centelha de vontade de mudar.

Com acolhimento, oração e perseverança, começamos uma jornada juntos. Mais do que comida ou abrigo, oferecemos o Evangelho – a boa notícia que transforma o coração. Aos poucos, ele foi se libertando do vício, conhecendo o amor de Deus e descobrindo um novo propósito.

Hoje, ele não apenas está limpo e firme na fé, mas também é dono da própria padaria. Sim, aquele que um dia não tinha sequer onde dormir, agora acorda cedo para servir pães e sorrisos a uma comunidade que o viu renascer.

Essa história é uma prova viva de que ninguém está perdido demais para Deus. Que com apoio, fé e oportunidade, vidas podem ser restauradas.

Como na Casa da Acolhida, continuamos acreditando: onde o mundo vê ruínas, Deus vê futuros.

 






 


 

sábado, 7 de junho de 2025

"Oremos pelo Santo Voto: a Nova Unção Eleitoral"

 


Irmãos e irmãs em Cristo e em título de eleitor, louvado seja o pastor-candidato! Aleluia! Aquele que subiu ao púlpito com a Bíblia numa mão e a ficha suja na outra, prometendo o reino dos céus… e um loteamento irregular na Terra.

Na nossa amada igrejinha do interior de São Paulo, recebemos uma revelação divina: Deus agora tem partido político! E adivinhem? O escolhido é justamente o nosso querido Pastor Fulano, aquele mesmo que já batizou mais processo do que crente. Glória a Deus!

A ordem veio direta do monte (também conhecido como gabinete pastoral): “quem não votar, está em rebeldia contra a autoridade constituída por Deus”. E para reforçar o recado, veio junto a ameaça de perder ministério, cargo na diaconia, e até vaga na caravana para Aparecida. Uma bênção!

Claro, porque campanha honesta é coisa do mundo. Oremos para que o Espírito Santo opere também nas urnas — de preferência com CPF e título de eleitor dos irmãos previamente conferidos pela liderança.

Não importa se o irmão tem dúvidas, se o tal “ungido” tem mais escândalo do que testemunho. O que importa é obedecer ao pastor, que afinal de contas, é o novo cabo eleitoral do Senhor.

Mas atenção: quem ousar votar diferente estará sujeito à excomunhão moral, cancelamento de convite pro churrasco da igreja e, com sorte, um “jejum forçado de cargos”.

Então, neste domingo, vá à urna com fé, mas cuidado: o Senhor conhece teu coração… e o pastor conhece teu bairro, tua célula, e tua escala no culto.

Que venha o Reino! Mas que não falte a prestação de contas. Amém?





sexta-feira, 6 de junho de 2025

PORQUE GEAZI NÃO FOI UM GRANDE SERVO DE DEUS (PORQUE CRESCEU O OLHO)

Na história poderosa de 2 Reis 5, vemos o milagre da cura de Naamã, um comandante sírio, pela mão do profeta Eliseu. A narrativa é cheia de contrastes: um homem importante, mas doente; uma menina cativa, mas cheia de fé; um profeta humilde, e um servo ganancioso.
Neste texto, queremos refletir sobre Geazi, o servo de Eliseu. Ele estava tão próximo do homem de Deus, presenciava milagres, ouvia as palavras proféticas e participava do ministério. Mas algo dentro dele o afastou do propósito: a cobiça.
1. Geazi viu uma oportunidade... e não resistiu
Quando Naamã foi curado da lepra, ele ofereceu presentes ao profeta Eliseu como forma de gratidão. Eliseu, guiado por Deus, recusou. Mas Geazi não aceitou essa decisão. Em seu coração cresceu o pensamento: "É muita riqueza para deixar passar."
“Porém, vive o Senhor que hei de correr atrás dele, e receber dele alguma coisa.” (2 Reis 5:20)
Aqui está o início da queda: "correu atrás" do que não era dele. Quantas vezes, mesmo dentro da igreja, vemos pessoas que começam bem, mas acabam desviando-se por causa de ambição, status, ou desejo de lucro?
2. Mentiu para conseguir o que queria
Geazi foi além da cobiça. Ele mentiu. Inventou uma história para Naamã, dizendo que Eliseu havia mudado de ideia e pedido prata e roupas para outros profetas. Ele agiu como se ainda estivesse representando o homem de Deus, mas já estava agindo por interesse próprio.
Isso nos ensina que nem todo servo está no espírito do seu senhor. Geazi servia Eliseu, mas seu coração já não era obediente ao mesmo Deus.
3. Achou que ninguém veria
Geazi pensou que podia esconder sua ação. Escondeu os presentes, despediu os servos, entrou como se nada tivesse acontecido. Mas não há como enganar um verdadeiro homem de Deus — muito menos o próprio Deus.
“Porventura não foi contigo o meu coração, quando aquele homem voltou do seu carro a encontrar-te?” (2 Reis 5:26)
Nada escapa ao olhar do Senhor. Nem as intenções do coração.
4. A lepra que saiu de Naamã entrou em Geazi
A consequência foi dura e imediata: Geazi foi castigado com a mesma lepra que Naamã tinha. Aquilo que ele cobiçou, ele recebeu... mas não da forma que esperava.
Cuidado: o que parece uma bênção fora da vontade de Deus pode se tornar uma maldição.
Lições para nós hoje
Proximidade com o altar não substitui caráter.
Quem serve a Deus deve fazer isso com pureza de coração, sem interesses ocultos.
A cobiça é um pecado silencioso, mas devastador.
Deus vê tudo. O que é feito em segredo será revelado.
É melhor perder uma “oportunidade” do mundo do que perder o favor de Deus.
Conclusão
Geazi não foi um grande servo de Deus porque cresceu o olho. Ele trocou a unção por prata, e a presença por vestes. Que o Senhor nos livre de sermos servos com aparência de piedade, mas com corações corrompidos. Que possamos permanecer firmes, com temor, humildade e fidelidade, mesmo quando as tentações estiverem à porta.
“Porque o amor ao dinheiro é a raiz de toda espécie de males...”
(1 Timóteo 6:10)