Irmãos e irmãs em Cristo e em
título de eleitor, louvado seja o pastor-candidato! Aleluia! Aquele que subiu
ao púlpito com a Bíblia numa mão e a ficha suja na outra, prometendo o reino
dos céus… e um loteamento irregular na Terra.
Na nossa amada igrejinha do
interior de São Paulo, recebemos uma revelação divina: Deus agora tem partido
político! E adivinhem? O escolhido é justamente o nosso querido Pastor Fulano,
aquele mesmo que já batizou mais processo do que crente. Glória a Deus!
A ordem veio direta do monte
(também conhecido como gabinete pastoral): “quem não votar, está em rebeldia
contra a autoridade constituída por Deus”. E para reforçar o recado, veio junto
a ameaça de perder ministério, cargo na diaconia, e até vaga na caravana para
Aparecida. Uma bênção!
Claro, porque campanha honesta é
coisa do mundo. Oremos para que o Espírito Santo opere também nas urnas — de
preferência com CPF e título de eleitor dos irmãos previamente conferidos pela
liderança.
Não importa se o irmão tem
dúvidas, se o tal “ungido” tem mais escândalo do que testemunho. O que importa
é obedecer ao pastor, que afinal de contas, é o novo cabo eleitoral do Senhor.
Mas atenção: quem ousar votar
diferente estará sujeito à excomunhão moral, cancelamento de convite pro
churrasco da igreja e, com sorte, um “jejum forçado de cargos”.
Então, neste domingo, vá à urna
com fé, mas cuidado: o Senhor conhece teu coração… e o pastor conhece teu
bairro, tua célula, e tua escala no culto.
Que venha o Reino! Mas que não
falte a prestação de contas. Amém?
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